Apesar da minha ausência, as peripécias com os filhotes não tem parado… bem pelo contrário.
Na segunda-feira passada a pequena sofreu um pequeno acidente. Enquanto palmilhávamos as rua daqui da zona, a petiz fez o favor de levar o seu joelho ao chão. Nem sei como ela caiu. Reparei que o joelhito tinha ficado ferido e que tinha alojado um pequeno vidro. O vidro estava visível, mas não tinha deixado nenhum bocadinho à superfície. Anui que eu não seria capaz de remove-lo e, desta forma, dirigi-me a um centro de enfermagem muito próximo do local onde ocorreu a queda. A enfermeira, após ter desinfectado a cratera e ter conseguido estagnar o sangue, reconheceu que não conseguia tirar o pequeno intruso e aconselhou-me a ir ao hospital.
Enfiamo-nos no carro e a próxima paragem foi o hospital mais próximo. Que bom fazer uma visita destas… bah!
A espera não foi longa, foi até bastante rápida. O enfermeiro teve alguma dificuldade em encontrar o vidrito, a crosta já estava formada e dificultava a visualização do mesmo. A médica de serviço também não o encontrou…. Era caso para dizer onde pára o Wally! A pequena foi encaminhada para a pequena cirurgia, mas sem antes ter que fazer um raio-X.
… espera para fazer o raio-x… espera para ser chamada para a pequena cirurgia.
Lá chamaram o nome da pequena… que eu, a mãezinha, dela tive alguma dificuldade em o entender. Não que não reconheça o nome da minha filha, mas ouvido numa tradução para o espanhol… a coisa não podia resultar da melhor maneira. O médico espanholito viu os raio-x, apalpou o joelho da miúda, tornou a examinar e disse-me:
-“ não posso tirar nada do joelho, se não não tem lá nada!” – isto já traduzido, entenda-se! :P
Abandonamos o hospital.
Ainda pensei que com tanta flexão da perna que o desgraçado tinha sido projectado. Mas, a miúda não se calava. Dizia que só lhe doía um bocadinho, mas que o vidro continuava lá hospedado. Eu, sinceramente, estava na dúvida se estava ao não… se por uma lado 3 profissionais e um raio-x diziam que não, eu cada vez que olhava para a aferida via-a mais brilhante do que seria de esperar. Contudo, o tempo foi passando e a miúda brincava, andava e fazia a sua vida normalmente, sem dores.
Ontem, enquanto a miúda estava de molho, vulgo banho, sou chamada com a máxima urgência, numa algazarra tremenda.
A Nokas mal me viu estendeu-me a mão e disse-me:
“ olha mamã… olha o que eu tirei do meu joelho!”
Um cubo de vidro perfeitinho.
Enquanto ela demonstrava um beicinho sentido só me dizia: “ porque ninguém acreditou em mim?”…. fiquei para morrer. Instalou-se um sentimento de culpa… sim… porquê que eu não consegui acreditar até ao fim nela??? O papel de mãe não é acreditar nos filhotes?? Senti que falhei.
Expliquei-lhe todo o histórico e ela num tom indignado:
- “ pois… a máquina do raio-x estava estragada e o médico devia ter olhos de minhoca!”
Lol
Nem mais, filhota!!
Enfim…
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. já voltei e não fui pelos...
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