O Natal não é para todos! Não é, não. E como o lamento!
Enquanto, muitos gastam aquilo que têm ( e muitas vezes aquilo que não têm) para adornar uma árvore de Natal cheia de embrulhos coloridos, outros nem têm direito a uma refeição decente; nem um sorriso familiar; nem uma caminha quentinha... quanto mais a um presente. Estes flagelos sociais chocam-me muito e na época natalícia parece que fico ainda mais sensível. Dói só de olhar... dói só de pensar... dói!
Há uns dias, enquanto lia um post da Pessoinha, lembrei-me de um episódio ocorrido no ano passado. A Nokas ainda acreditava no Pai Natal... (sim, ainda não tinha morto o senhor das barbas brancas que residia na imaginação dela) :P:P:P:P
Minha filha Inês, na altura com 5 anos, estava sentada à frente da árvore de Natal e com o olhar fixo nos presentes... perguntou-me:
- "Mamã! Porquê que o pai Natal é tão injusto, e não dá um presente a todas as crianças? Eu não me importava de receber menos um... será que elas se portam assim tão mal?... eu não acredito."
Fiquei sem palavras durante um bom tempo.
Desejo do fundo do meu coração que os meus futuros netos não façam essa observação, porque essa realidade já não exista!
... "prontos".. hoje deu-me para isto... não se pode estar sempre a brincar, pois não? aiii devo estar a ficar doente...
E a saga continua...
(seguimento do post anterior)
... O maridão entra na cozinha e vê o dito exaustor todo desmontado... eram só pecinhas por todo o lado. Com ar trocista pergunta-me:
-" Então, andaste a tirar um curso intensivo de "como desmontar um exaustor em 15 minutos"?"
- " Andei, andei sim... e parece que passei com distinção. Agora, como só paguei o módulo de como desmontar... espero que me ajudes a montar essa po**a, outra vez!!"
saca da carteira e coloca uma nota de 5 euros em cima da mesa
– " vá, não quero que fiques com o curso a meio... inscreve-te lá para a segunda parte!"
que engraçadinho!! Em boa verdade fiquei furiosa... mas ao mesmo tempo tive que fazer um esforço para não me rir!
Tornei a reforçar que precisava de ajuda... e o ar de gozo dele continuou. Ainda teve a ousadia de me dizer que se eu não conseguisse, no domingo me ajudava! que querido que ele foi!!
Ora bolas... assim não quero!!! assim... não brinco!! Amuei
graças a educação pouco proteccionista que os meus papás me deram... tipo se arranjaste problemas, tens que ser tu a resolve-los... não esperes pelos outros... arregacei as manguitas e cá vai disto!!
escusado será dizer que passei grande parte da noite ( foi, foi pela noite fora) a tentar por aquela po**a como estava... ora não ligava, ou não abria, ou ficava descaído de um lado.... irrraaaa... mas, lá consegui!! weeeee !!!! E ficou a 99%... sim, sobrou uma mola
de manhã telefonei-lhe a dizer que já não precisava de ajuda... que já estava tudo ok (espero eu)!
Levei as crianças às escolas e vim para casa caprichar no visual.... maquilhagem, ok; cabelos, ok; roupa: ok!! pronto... telefonei novamente a dizer que ia sair... ia comprar uns miminhos para mim... mas, que ia passar pela empresa antes de ir. E lá fui eu com o ar mais angelical da vida... mal me viu lança um olhar de alto a baixo e aquele franzir da sobrancelha denunciou-o logo! bjinho, bjinho... e ala!!
... vá lá, não lapidei muito a conta LOL só comprei os meus produtos para o rosto... não tenho é a culpa dos preços que estes praticam ( Clinique)... e mesmo assim, não são dos mais caros
... ainda pensei em aplicar a ideia da Anjos "Ou montas o exaustor, ou então é isto que perdes durante 3 meses" LOL... mas... ai a lesada também era eu!! E nah pode ser, nah xenhores...! agora a Ideia do Arroto azul não é nada má.... ficar uns tempos sem as camisas (preferidas) passadas... isso, é que era... talvez eu as passasse num Domingo... não sei bem se ainda seria este ano!! LOLOLOL
Há dois ou três posts atrás, num desafio, perguntaram-me o que me chocava. Respondi, entre outra coisas, que me chocava a violência gratuita – os maus-tratos.
Pois é, amiguinhos! Este post vêm reforçar a minha resposta... ele há coisas que me custam a aceitar, que me revoltam cada vez mais... Penso que raio de mundo que eu vim trazer os meus filhos.
Tive necessidade de ir a uma farmácia. Ladeada pelos meus "pikenos", um em cada mão, e lá fomos nós. Quando chego à porta deparo-me com a seguinte situação:·
Um casal de velhotes "estacionado" à entrada. O Senhor, furioso, gritava com a Senhora porque esta não encontrava algo na sua carteira. O volume ia subindo e o seu ar agressivo era cada vez mais visível para quem estava à espera de sair (ou entrar).
A velhota procurava, nervosa, dentro da sua mala a prescrição médica... mas, na verdade qualquer pessoa que estivesse perto já tinha percebido que a mesma não se encontrava dentro da mala. A mala era uma mala era o típico das velhotas... grande e sem nada lá dentro... pareceu-me mesmo que só tinha um maço de lenços de papel e o seu porta moedas... que só tinha umas notas... a receita... nem vê-la!!!
A situação estava a descontrolar-se e ninguem teve coragem de pedir licença para passar...aguardarvamos pacientemente!
Depois de muito procurar, a Senhora chorosa disse que, provavelmente, não a tinha trazido!
o Homem passa-se completamente e dá-lhe uns "cascudos" na cabeça ao mesmo tempo que gritava:
-" Quando não estavas doente, nada disto acontecia! Rais parta a tua doença!!!"
e toca de lhe dar um "calduço" na cabeça!
Larguei as crianças e segurei o braço daquele miserável... ( porra, velhote mas com força)!! Adverti-o que se não parasse iria chamar a polícia e acusava-o de maus-tratos.
Outra senhora tentou proteger a velhota. Os senhores que estavam presentes, eram dois, nem se mexeram... pergunto onde está a sensibilidade ou a coragem de intervir... nah.. nah... não havia, não era nada com eles! Irraaaa... covardes!!!!
Os olhos da Inês ( a minha filha) ameaçavam chorar... e eu larguei o senhor e fui dar assistência à minha pikena... o mais novo só observava!!
Ainda pensei em dar conhecimento à polícia. Mas depois pensei que poderia ser pior... sabe Deus o que poderia acontecer á pobre Sra. De certeza que ele iria depositar a sua raiva no fraco esqueleto da Mulher.
Fiquei triste, revoltada e com um nó na garganta. Mas que raio de Mundo é este? Um mundo onde se bate publicamente, onde não há respeito pelo próximo e - ainda mais grave - onde as pessoas vêem e nada ou pouco fazem...
Regressei a casa e, cuidadosamente, expliquei às crianças o que se tinha passado, o que estava errado. O papá mal chega a casa... o mais pikeno desata a correr na sua direcção:
- " papá!! A mamã bateu num senhor na "famácia"!
. o casamento de uma prince...
. já voltei e não fui pelos...
. se eu não voltar...já sab...
. é oficial: eu já não vou....