O que há de pior do que nos enganarmos a ver as horas, ou seja, acordar antes da hora prevista?hummm?? É conseguirmos chegar atrasadas… com (mais) sono e atrasadas!

Manhã de sexta-feira. Acordo sobressaltada com o pensamento: “po**a!! O despertador não tocou!!” Olho para o despertador e a bebedeira de sono, que tinha em cima, induziu-me em erro. Os meus olhos viram o que eu tinha em pensamento.

Salto da cama num ápice, ligo o automático e o turbo. Arranco as crianças da cama e numa correria frenética realizo todas as tarefas. Ok! O impossível foi conseguido… falta um quarto de hora para a Inês entrar na escola. Não vai chegar atrasada!

Mesmo à porta de casa, antes de sair, dou conta que não tenho o telemóvel. Volto para trás e fui busca-lo, olho para o visor e fiquei branca… 7: 45 da matina!!!

O despertador não tinha tocado porque ainda não tinha chegado a hora. Óbvio! Como era muito cedo disse às crianças que podiam ir ver os desenhos animados. Ficaram a olhar para mim com um ar incrédulo. A mãe que os tinha posto a correr de um lado para o outro, minutos antes, estava a dizer que podiam ver televisão! Coitadas das crianças, ficaram baralhadas logo pela manhã… mas, com uma mãe destas, não é coisa de se estranhar muito!!

Uma hora se passou e pedi aos pikenos que vestissem os casacos, enquanto procurava a chave do carro. E procurava, procurava, e nada! As chaves que estão sempre na minha mala, desapareceram!! Ohh my God… o tempo estava contadinho e as malditas não apareciam. Perguntei aos filhotes se as tinham visto ou brincado com elas. Nada, não as viram (diziam eles!) … rapidamente transformei a casa num caos e as chaves… nada!

9:05… A Inês já devia estar na escola… dasssee!!

Telefonei ao maridão e pedi que fosse levar a pikena à escolinha, enquanto eu levava o Dudu ao infantário a pé! Ginástica matinal é bom e recomenda-se… desde que não seja com um peso de 16 kilos nos braços… ahhh e se for sem saltos altos, melhor ainda…!!

Voltei a casa. Precisava, mesmo, de encontrar as desaparecidas. Revirei a casa n. vezes e a caça traduzia-se em infrutífera. Pronta e decidida a ir buscar as chaves suplentes à casa da minha sogra… e talvez receber mais um sorriso que transborde o pensamento “ sempre no mundo da Lua!”, pego na mala e dirijo-me para a porta. Aproveito para esticar as orelhas do tapete enorme… que teima em dormir enroscado no hall de entrada. TCHAM… TCHAM… as minhas chaves! As minhas chaves escondidas debaixo do tapete, nem sei como não foi a minha primeira opção na louca procura!! Um sitio tão obvio, não acham??

Como as desaparecidas não têm perninhas… deduzo que as crianças fizeram das suas! Devem ter pensado… a vida da mamã é tão calminha, vamos lhe dar um pouco de agitação!

Valeu-me de muito ter acordado mais cedo (mesmo sem intenção)!!! Bahhhh

Todos nós interpretamos acontecimentos, imagens, sons ou relatos de forma diferente. A nossa vivência, experiência, forma de encarar a vida ou até a imaginação, obriga-nos a ter uma percepção diferente do mesmo facto. A mesma imagem pode ser interpretada de mil e uma formas. Uma história de vida, também! Desta forma, perante um post as opiniões divergem e há algumas que fogem à óptica mais basilar e entram no mundo incrível da imaginação, onde o limite não existe.

No meu post “ janela indiscreta” – sim, a saga da amante e da esposa – O visitante João Cordeiro deixou um comentário muito original e com uma visão imaginária deliciosa. Encantou-me!!

É a primeira vez que vou transcrever um comentário… mas este comentário é digno de ser transformado num Post! Obrigada, João Cordeiro !!

“Isto de ser apenas "mulherio" a comentar a cena não tem piada nenhuma.
Não ouve cinema, mas ouve uma conversa que só eu assisti...

Foste apenas infiel a ti mesma.

Que castigo que te infliges a ti própria numa vã tentativa de negares o óbvio!
Nem sequer me custa que tenhas aberto as pernas, fingido orgasmos que não tiveste, beijos que não passaram de tocares impuros de lábios e que te conspurcaram não o corpo, mas te mataram mais um pouco dessa alma dilacerada nas incertezas com que te debates.
Tola! – Tão tola se pensaste, que me irias magoar!
Não. – Amachucaste-te a ti. – Foi por sobre o teu corpo que outro passou, não foi pelo meu.
Que ingénua.
Agora choras as lágrimas da traição que se abateu sobre ti!
“Perdão!”
- Que perdão pretendes? – O meu? O divino? – Ou o teu?
- Nem sequer te desprezo! – Não me afectou. “Perdoa-me!”
- Estás perdoada. Pára com essa choradeira que não me comove. Não vou ter pena de ti. Pára de pedir perdão. Pede-o a ti mesma.
“Perdão!”
Olho a noite, rasgada pelas fúrias faiscantes dos deuses. Os relâmpagos sucedem-se qual fogo-de-artifício lançado por loucos anjos e a chuva ora torrencial, ora miudinha vai caindo sem cessar.
Um dia secarei os Oceanos. Tal como a alma seca que tenho.
Atravessá-los-ei todos em busca não de ti, porque já te encontrei, mas de mim, que continuo à deriva neste mar tormentoso da vida.
Tal como os secarei, voltá-los-ei a encher de novo.
Com as tuas lágrimas de consciências pesadas, de traições inconcebíveis, de uma troca miserável de um corpo.
Como se isso interessasse! Quando gemias, gemias por mim.
Quando abrias as tuas pernas, era em mim que pensavas.
A quem traíste então?
Eu digo-te:
- A ti!
“Perdão!”
- Pára com isso! Basta!
Miseráveis versos feitos em papel de contas, de um lado números, a lembrarem-te a vez que te traíste, do outro, palavras ocas de tudo.
Nem sequer te deslumbraste com elas!
- Como podias? – Deslumbram-te as minhas. Deslumbro-te eu. – É de mim que bebes a vida.
É de mim que bebes o corpo, a alma, o sémen, o encantamento.
Tola! Pobre tola!
- O que encontraste naquela cama?
- Uma perna sobre a tua perna e um corpo que dorme entorpecido pela clareza de ter entendido que não te teve?
Fecho a janela.
Não quero mais ver as raivas desses anjos possuídos pelo demo, ou alterados por algum alucinogénio.
Agora nem a ti quero ver. Massacra-te com a tua traição. Vive com isso até te perdoares.
De mim, tens sempre o cheiro, sentir-me dentro, erecto, forte, pujante, explodindo numa apoteótica festa de sentidos.
Da tua traição sobram números de uma conta, umas horas mal dormidas e uma cama abandonada a meio de uma noite de insanidade.
Agora deixa-me deitar impura! – Não, não te deitarás comigo.
Hoje não!”

( imagem retirada da internet)

Existe alguma coisa pior do que estarmos numa fila à portuguesa (portanto, sem ordem alguma), todos ao molho e fé em Deus, e sentirmos o nosso rabo a ser apalpado??

EXISTE!!!!!

È olharmos para trás e só vermos mulheres!! 

Ó sua cavalgadura, se me estás a ler… a minha orientação sexual está definida há anos!! E se por ventura decidir mudar os meus gostos e preferências sexuais, pelo menos que escolha a mão que me vai passar por cima!!!!

Eu devo ter um íman para atrair mulheres, juro!! Já não é a primeira vez ( nem a segunda… nem...nem...enfim…) que sou “vitima” das investidas, directas ou não, de mulheres !! Ninguém merece… se têm o meu respeito, exijo o mesmo!

Meninas, lá por eu usar o cabelo curtinho, não quer dizer rigorosamente NADA!! Abram os olhos… e deixem de fazer figuras tristes e desnecessárias!!!  Porque se, por acaso, tiverem a sorte de sentir o meu lado mais másculo… será quando a minha mão fizer saltar a placa e partir alguns ossinhos!

Pelo amor da santa!! Santa paciência!!!