Começo a ficar gravemente preocupada, juro que sim. Nos últimos dias não tenho feito mais nada do que emprestar o meu ombro. Irra… será que o pessimismo e a má onda de azar decidiram assombrar as pessoas que me rodeiam?? Ultimamente quase que não posso meter o nariz fora de casa.

Eu até costumo ser uma boa ouvinte, mas pelo amor da santa… que a lavagem da alma seja feita à vez… que eu assim não aguento. Acho que vou implementar o sistema de senhas!

Devo estar a atingir o patamar do egoísmo para estar a dizer estas coisas. Em boa verdade, começo a ficar um pouco saturada de servir de Madre Teresa de “calcular”. O meu optimismo e boa disposição estão em vias de sucumbir… Vou mudar o meu nome para muro das lamentações.

Não gosto de deixar as amigas na mão, mas confesso que cada vez que me convidam para ir tomar um inocente café… até estremeço.

Vá, agora, podem-me chamar todos os nomes que vos passar pela cabeça… mas a verdade é que eu não consigo desligar de quem gosto e acabo por ressentir a tristeza dos outros. E eu não gosto nada disso, nadinha!

Ficam aqui as novas regras:

- As lamentações serão ouvidas consoante a ordem de chegada… por favor tirem a senha e aguardem pacientemente pela vossa vez.

- Será aplicada a taxa mínima de ouvinte, lenços de papel incluídos.

- A consultadoria é cobrada à hora, águas por conta dos desgostosos.

- Aqueles que tem a postura de me ignorar na rua escusam de vir pedir favores de ultima hora. Se não sabem dizer bom dia sem interesse algum por detrás, também não deveriam se lembrar de “mimzinha” só porque conheço A ou B.

- Fica aqui registado que em altercações, e os intervenientes sejam ambos meus amigos, eu não me meto. Nem quero saber… sinceramente.

- Não confundam a minha generosidade com estupidez. Ao mínimo indicio que sinta que estou a ser usada, não tenho qualquer tipo de peso na consciência de vos deixar “agarradas”.

… Estou a precisar de férias dos problemas dos outros. E este deve ter sido o post mais estranho, que escrevi aqui, neste modesto estamine.