(imagem retirada da internet)
Aiii e tal que cão tão lindo… ai e tal vamos ficar com ele…. Ai e tal vamos de férias… ai e tal com o cão não há problema, abandonamo-lo. E depois é vê-los abandonados por estas estradas fora. Todos os anos este cenário desconcertante se repete… é uma tristeza.
Na minha rua apareceu um Husky lindíssimo. Em tons de cinza e um olho de cada cor, um castanho e outro azul, pêlo bem tratado e com um ar amigável. Arranjou uns amigos e passa a vida ao pé deles… ou seja, ele no passeio e os amiguinhos do lado de dentro do portão…. Durante a noite chora, chora, de cortar o coração.
Como é costume cada vez que não me apetece cozinhar vou buscar uns grelhados. E assim fiz, encomendei, esperei pelo tempo solicitado para confeccionarem o pedido, peguei nos filhotes e fui buscar a iguaria. Já de volta, ao estacionar o carro vejo o cachorro a namorar ao portão da vivenda do vizinho. Saio do carro, com os sacos na mão, e quando vou abrir a porta aos meninos… o bicho já estava ao meu lado. O cheiro a carninha aguçou-lhe o engenho. Os miúdos a saírem do carro e ele a pavonear a cauda. Ainda não tinha saído um dos filhotes já ele andava a tentar meter o nariz no meu jantar… aiii aiii aiii a minha vida. Elevei os sacos e mandei-o embora. Olhem, então não é que o parvo do bicho começa a eriçar o pêlo, a arrebitar as orelhitas e começa a rosnar… a mostrar a dentadura, mesmo à má fila!! Aiii jazus… eu a ver o caso mal parado. Gosto de cães, mas só me aproximo com o dono ao lado… dos vadios tenho medo, e se conseguir ate mudo de passeio. Nah… eu bem sei que eles olham para mim e vêem pouca chicha… o problema é que eles gostam de trincar um bom osso!! Nah, nah.. eu não arrisco!
Na tentativa de proteger as crianças, eu já em pânico, mando-as sentarem-se e fecho a porta do carro. Com a mesma rapidez faço o mesmo. As crianças que estavam a achar um piadão à situação riam-se feitas perdidas, eu com o coração nas mãos tentava brincar com elas perante esta situação, não era nada positivo transmitir o meu medo… e o estúpido do cão de patas encostadas à minha janela a rosnar. Pensei que se estivéssemos um bocadinho dentro do carro, ele desistia. Desistia nada, cada vez que ele atravessava a rua para ir galantear os caninos vizinhos…. Mal eu abria a porta, o parvo corria na minha direcção.
Passaram-se uns bons 20 minutos. Não tive solução, acabei por telefonar ao maridão que aguardava pelo jantar em casa:
-“ Olha estou à porta de casa, mas não consigo sair do carro. Tenho um cão que me quer dar uma dentada em mim e outra no jantar!”
-“ Estás a exagerar. Vá anda lá que ele não te faz mal”
-“ Se não me vens buscar eu não saio daqui. Olha que o jantar está do meu lado… se quiseres jantar é melhor me vires buscar!”
E assim foi, passados dois minutos vi o meu maridão, o meu cavaleiro que iria salvar a princesa e seus herdeiros do monstro-de-olhos-de-cor-diferentes.
Então é que o parvo do cão quando o viu, começa a fazer-lhe uma festa… que só visto. Até se deitou com chão com as patas para o ar a pedir-lhe festinhas. Resultado… eu ainda fiquei mal vista, fartou-se de gozar comigo… humpfs!! Pintei o cenário que o cão era mau e afinal, o tonto, teve uma atitude completamente oposta daquela que eu tinha descrito.
Está provado! O cão é o melhor amigo do homem… mas não da mulher!!! Bah!
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