Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008

Se os joelhos falassem...

 

 

Numa das visitas que fiz ao hospital com a Nokas (quando ela espetou um vidro no joelho), ela chorosa dizia-me: “ pois, pois… se fosse contigo também estavas a chorar. Tu por acaso sabes o que isto é?” – isto enquanto o enfermeiro observava o joelhito da princesa. E eu pacientemente respondi-lhe: “ Olha bem para os joelhos da mamã. Tu achas que a mamã não sabe o que é ter uma ferida no joelho?”

 

O enfermeiro curioso olhou para os meus joelhos, sorriu, e respondeu à Nokas:

 

- “ A felicidade de uma infância vê-se pelos joelhos.”

 

Os meus joelhos são uma desgraça completa. Não a nível de articulação, mas sim a nível estético. Estão cheios de marcas e cicatrizes resultantes de pequenas quedas, grandes quedas, chuteiras que “aterravam” no joelho, patinagens artísticas nos charcos gelados em que acabava o meu número de joelhos no chão, subidas às arvores que terminavam sempre em grandes “aterranços” (devia ter a mania que sabia voar), descidas de bicicleta em velocidade não recomendada e sem travões (weeee era a loucura), acertos de contas com alguns amiguinhos…enfim, reflexos de uma menina que tinha a mania que era Maria-rapaz.

 

Hoje, enquanto olho para os meus joelhos, recordo a minha infância, esboço um sorriso ao passar a minha mão pelas provas do crime, vulgo cicatrizes, e admito:

 

“Como fui feliz na infância” - não trocava uma cicatriz.

sinto-me: a recordar a infância

publicado por Mia às 11:43
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26 comentários:
De Moira a 12 de Setembro de 2008 às 14:44
Ao ler este post, também eu sorri e recordei todas as traquinices de quem também subia às árvores e das àrvores para os telhados para atirar minúsculos pára-quedas feitos com sacos plásticos, cordéis e pedrinhas...
Se voltasse atrás faria tudo exactamente igual, porque a felicidade não se troca.
Bjs e bom fim de semana


De Mia a 12 de Setembro de 2008 às 19:41
às vezes quando os meus filhos aparecem com umas mazelas novas... só me apetece ralhar com eles... depois lembro-me daquilo que eu fazia e fico sem autoridade moral (devido ao meu historico) e acabo por sorrir. Corpos sem marcas são bonitos sim... mas se o preço for uma infancia sem diabruras, transformar crianças em monos... eu dispenso!
bjokinhas


De Moira a 12 de Setembro de 2008 às 20:32
Concordo plenamente!
Cada vez que me lembro que ofereci uns patins aos meus sobrinhos e as minhas cunhadas os esconderam para os meninos não cairem até me doi o coração.
Não tenho filhos mas considero que a vida é uma aprendizagem e se caimos, levanta-mo-nos e continuamos, é assim que deve ser para tudo.
bjs


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