Quarta-feira, 20 de Maio de 2009

é mais uma, senhores. é só mais uma...

( imagem retida da internet)

 

 

Antes que me esqueça vou deixar aqui mais uma aventura do planeta Mia. É sempre a somar, não há hipótese.

 

Na passada segunda-feira muitas escolas estiveram encerradas durante o período da manhã. Apenas os alunos que iam realizar a prova é que tinham acesso à passagem pelo portão. A escola da Nokas não foi excepção. Avisaram-me com tanto tempo de antecedência que, aqui, a je acabou por se esquecer de tal facto… e não fui a única.

 

Não me perguntem como me meti numa estas… ainda estou para descobrir. Vou recuar um pouco no tempo para tentar relatar a aventura mais recente.

 

No fds passado, acabei por concordar em levar, na segunda-feira, o filho de uma conhecida à escola. Parece que na semana passada a mãe do J. tinha tido um acidente e o carro de substituição ainda não lhe tinha sido entregue.  

 

Estava com um péssimo pressentimento. A pessoa em questão não é minha amiga, apenas conhecida. Divide-se uma mesa, trocasse umas palavras durante o lanche na pastelaria. E é ocasionalmente. Senti uma grande responsabilidade no meu-esqueleto-frágil-é-favor-de-não-quebrar.Hum… filhos dos outros??? Aiiii Mia no que te vais meter!!!

 

Como se tivesse as duas figurinhas míticas, a do bem e a do mal, na minha cabeça  pensava na minha futura decisão. Se por um lado ouvia “ não leves, ela que o leve a pé”, por outro lado ouvia “ lembraste quando tiveste o acidente e ficaste sem carro? Foi uma chatice, não foi?? Vá ajuda lá que quem leva 3 crianças no carro… leva quatro!!”

 

E assim acedi ao pedido. A escola fica mesmo em caminho, nem tinha que fazer qualquer tipo de desvio… era só uma paragem, retirar a criança do carro e entrega-lo à vigilante que se encontra perto do portão.

Combinou-se que iam ter connosco à nossa casa, ela não queria que tivesse a maçada de o ir buscar. Pronto, se assim que queres.. para mim é igual ao litro.

 

Segunda-feira. Há hora marcada para o “ embarque” não foi respeitada. Eu e as minhas 3 crias, apanhando a valente seca dentro do carro, à espera das suas realezas-meio-adormecidas. 10 minutos de atraso, nada. 15 minutos de atraso e lá aparecem as duas almas à porta do prédio. Saio do carro cumprimento o J. e a mãe e pergunto pela “ cadeirinha ou o banco” -  sistemas de retenção de crianças obrigatórios por lei.

 

-“Ahhh?? Não trouxe. Deixei em casa. Não  se preocupe que nunca apanhei a policia.”

 

Ahhhhhh??? Ai  a minha vida, eu nem queria acreditar naquilo que estava a ouvir. Se já estava a bufar pela seca que tinha apanhado… mais esta e era a gota de água. Mal sabia eu o que me esperava.

 

À frente dela pedi à Nokas que fosse a casa buscar a cadeirinha que temos a mais. E disse à mãe do J. que nem era pela multa, mas com a segurança das crianças não se brinca. Pelo menos eu não brinco. A tola, em vez de acatar as palavras ainda teve a ousadia de dizer que era tão pertinho que não fazia mal. Ao qual respondi que os únicos acidentes que tive foram num raio de 1,5km de casa. Não é pela distância da viagem que mede os riscos rodoviários. Enfim…

 

A Nokas volta com a cadeirinha, puto sentado perto da porta e arrancamos. Passado 5 ou 10 minutos lá estavamos nós na escola do menino. Juro que me caindo tudo quando me disseram que não havia aulas. De repente lembrei-me do aviso “ dia 18 de Maio não há aulas de manhã!”. Quase que me ia dando uma coisinha má… eu com aquela criança, mais as minhas, e os miúdos sem aulas. Pior… nem sabia por andava a sua mãe para lhe devolver o catraio.

 

Arranquei em direcção à escola do Dudu. Parados num semáforo um Senhor resolve passar a pé entre os carros e o fedelho não vai de modas, abre o vidro do carro e tcham.nahhhh:

 

- “ Cabrãooooooo!!”

 

Fiquei tipo uma slot machine, as cores mais quentes substituíam-se alternadamente na minha tez. O Dudu com a mão frente da boca só repetia “ aiiii, aiiiiii” e a Inês remata logo “ aiii se a minha mãe te ouve…”.

A reprimenda foi abolida da minha parte. Primeiro não é meu filho para lhe pregar sermões (mas também não tenho que passar vergonhas por causa dele, certo?). E depois, não disse nada (burra, burra, burra!!)porque sempre pensei que a deixa da Nokas era mais do que suficiente.  

Passamos pelo infantário do Dudu e deixei-o lá. Agora imaginem… cada vez que era preciso fazer uma paragem era necessário tirar 4 crianças das respectivas cadeirinhas e depois torna-las a sentar e apertar cintos. De uma logística fantástica..Do melhor, acreditem!LOL…

 

Irritada e a bufar por todos os poros do meu corpo volto para a área de minha residência. Agora só com 3 catraios… menos mal. Que Deus me perdoe mas só pensava em entregar o intruso e mal-educado rufia.

 

Às vezes vejo a sua mãe no café. Costuma ir beber café no mesmo horário que eu costumo ir tomar o pequeno-almoço. Desta forma, rumamos para o café em questão, tinha esperança de encontrar a L. Mal entramos o miúdo disse-me logo “ tenho fome” num tom pouco dócil. Perguntei à Nokas se queria alguma coisa. Não quis nada, já tinha tomado pequeno-almoço em casa, não tinha fome. A Maria-princesa também já estava despachada, essa não perdoa o seu biberon logo assim que acorda. Pedi o habitual para mim e o puto pediu um logo um queque e um leite com chocolate.

Quando chegou o pedido a Nokas puxou a cadeira sem ver e fez com que um bocado da minha meia-de-leite entornar-se. O J. que nem tinha sido atingido pelo líquido morno e escuro, dá mais uma vez o ar da sua graça. Olha para a empregada e chama-a de estúpida.

 

Bloqueei. Morri naquele instante. E tão atarantada que estava só me ocorreu dizer à rapariga:

 

-“Apesar de não ser meu filho, peço-lhe imensa desculpa.”

 

A rapariga só se ria. Viu-me tão constrangida com a situação que só tentava colocar água na fervura. “ ó Mia, eu sei que não é seu filho. Até parece que não vem cá todos os dias! Olhe a mãe dele acabou de sair daqui.”

 

Quando ouvi “sair daqui” quase que as lágrimas me correram pelo rosto. Só pensava em me despachar para entregar a cria alheia. Já estava pelos cabelos. E depois de ouvir aquilo só me vinha à cabeça “ a mulher não foi para casa e eu vou ter que aturar este peste”. Senti-me miserável e pequenina.

 

Depois de perguntar à criança qual era o andar que morava, zarpei a toda a velocidade. Toquei à campainha e senti que tinha ganho o dia quando ouvi no intercomunicador “ quem é?”.

 

Há quem diga “ Mia, a ti tudo te acontece.” Pois é, a mim tudo me acontece porque a parva  mete-se nelas. E meto-me em cada uma… irrra que nunca mais aprendo!!

 

sinto-me: agora mais calma

publicado por Mia às 02:17
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